quarta-feira, 20 de junho de 2012

o dia dos sonhos perdidos...

A chuva não morreu em mim... mas tenho andado presa nos detalhes da luta que a vida encerra, todos os dias. Senti saudades de me partilhar e hoje decidi dividir-me convosco...de olhos bem abertos, saboreando o fresco que a água da chuva arrasta consigo.




Aguilar (2001) escreveu, referindo-se à criança, que o desenvolvimento do imaginário na representatividade do quotidiano, de si e dos outros, como ferramenta de busca da compreensão do mesmo, é essencial para o desenvolvimento pessoal e social do ser humano.


E assim é... e assim se reza a história a cada minuto.


Cada Educador guarda memórias de pequenas atitudes que observa em contexto... e é um punhado dessas histórias que aqui trago. Apresento-as e desprendo-me da reflexão. Essa, deixo-a para que cada um a tome e use como bem entender.


1.


(A brincar no espaço da "casinha"... - João e Inês, 5 anos): 


"- Olha, Inês... eu era o teu marido, chegava bêbedo a casa e agora dava-te porrada, está bem?..."




2.


(Três amigas, 4 e 5 anos, a conversar sentadas numa mesa):


"- Bem...agora vou andando - diz a Joana, colocando a mala no ombro - ...vou até ao Centro d'Emprego, tratar do desemprego."


3.


(Conversa sobre profissões e sobre o que ser quer "ser" quando se for grande - Paulo, Tiago e Filipa):


"- Ai, quando eu for grande...vou trabalhar no RSI!"