...às vezes não é dia de dizer muito.
Não é dia de dar ou receber...não é dia de se ousar ouvir. Às vezes, esse dia prolonga-se pelos tempos e volta, mais forte, mais primeiro, mais perto.
Às vezes é dia de parar. É dia de deixar a chuva cair e atravessar os caminhos molhados com os pés descalços e a alma nua.
Às vezes perco-me nas reflexões e acordo com a boca muda e a alma seca. Às vezes nem sei onde parar, onde cair de joelhos fincados na terra...onde perder o bater da vida, onde chorar. Às vezes a revolta seca fontes, a injustiça fecha portas, olhos, sentimentos, razões. O amor.
...às vezes...
...hoje é o dia de todas as outras vezes.